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27 de dezembro de 2009

Sucesso

Como precursor da plurifamosa e semicontroversa campanha Arrasa sem fumaça, que preconizava um mundo da diversão sem odores nauseabundos, olhos ardendo e doenças pulmonares que o fumo passivo na buátchi causa, creio que devo uma comemoração ante ao sucesso de nossa luta.

A Câmara municipal de BH e o Governo de Minas aprovaram a lei que proíbe o cigarro dentro de estabelecimentos fechados, grosso modo falando, o que é um luxo.

Ainda que não tenha entrado em vigor oficialmente, vários locais dançantes de BH já puseram em prática a lei-luxo. Tive a oportunidade de ir à Velvet recentemente, livre do fumo, e hei de dizer: que mundo melhor!

Nessas horas que eu recarrego meu otimismo quanto ao progresso sociocultural do nosso queridinho país. Civilidade é isso, minha gente.

Luxo é... sair à noite e não ter que jogar as roupas fora por causa de cigarro.

17 de julho de 2009

Campanha

Estou prestes a lançar uma campanha informativa/dramática com o seguinte título:

Não crucifixem os críticos!

Nós, as pessoas que têm um senso crítico aguçadíssimo e um padrão de qualidade ainda mais elevado, sofremos de eterna incompreensão. O maior erro de julgamento que nos é perpetrado é sermos considerados azedos ("você sempre acha tudo ruim"), negativos ("você sempre vê defeito em tudo") ou maldosos ("credo! ele-ela é tão legal/gente-boa/simpático"). G-zus.

Realista que sou, bem sei que a maioria das pessoas continuará pensando assim, uma vez que elas simplesmente não têm os mesmos padrões que nós. Para mim, esse tipo de gente está a um passo da burrice, digo, mediocridade. É só dar um escorrego e... Ui, que linda é a vida!

Recentemente tive uma epifania. Ao trabalhar com os talentosíssimos, megapontuais e supercompetentes rapazes do Superfície.org, pude ver que a nossa luta tem um propósito. É um alívio tão grande poder saber que você pode deixar tudo na mão da outra pessoa e ter a certeza que ficará ótimo.

Miranda Pristley está de olho.

26 de junho de 2009

Karma

Jesus Pinto da Luz! Estou abismado com o número de denúncias e a sordidez como nossos governantes eleitos estão agindo frente à revelação de todos os escândalos.

Será que o país está caminhando para uma nova onda de protestos e manifestações, tal qual aquela que enxotou o ultracorrupto Fernando Collor no início dos anos 90? Tomara que sim.

Fora Collor, fora Sarney, fora corrupção

As circunstâncias são bem similares: herdeiros de oligarquias podres, corrompidas e exploratórias, tanto Sarney quanto Collor chegaram ao poder por meio de esquemas e parcerias imundas. Ambos foram (e ainda são, pois ainda atuam) levianos o bastante para crer que seu ego gigantesco os encobriria e encobriria o mar de lama e de corrupção que sustentam seu pré-sal no governo. Cada vez menos isso não é o que ocorre.

Que tal um minimanifesto? Ei-lo:
  • Que os brasileiros entendam que o assalto que sofri abaixo está diretamente ligado às nossas escolhas corruptas e a nossa condescendência com a corrupção no nosso dia a dia.
  • Que os brasileiros entendam que a miséria diária está relacionada com figuras como as do Senado.
  • Que os brasileiros entendam que o Brasil é um país rico e que tem tudo para o desenvolvimento pleno, bastando extirpar figuras como as do Senado da vida pública.

Em BH, quem quiser mostrar a voz e se juntar a outros na sua indignação, pode ir à Praça da Assembleia (oficialmente Praça Carlos Chagas, no Santo Agostinho), no sábado 27 de junho, às 16h para protestar.


Luxo é... se livrar de corruptos sanguessugas e não aceitar a corrupção.

12 de abril de 2009

Combinação kasher

Muita gente não sabe, mas muito do symbolismo que está por trás de nossas celebrações pascais provém da Páscoa judaica, ou Pessach. Aproveitando o elo com o passado hebraico de nossas tradições, venho por meio deste tratar de mais um povo muito alegre e festivo: os gays!

Desde que era niño, sempre convivi com judeus. Eles estavam presentes em minhas salas, no meu trabalho, nas minhas paqueras e também em meus círculos de amizade. Convivendo com eles e ouvindo seus relatos sobre os medos e receios de todo israelita, logo percebi que há entre gays e judeus muito mais coisas em comum do que sonha a vã Cabala.

Eis então uma lista das similaridades entre ser homossexual e judeu, mas saibam que há mais.

Judeus e gays:
  • são e sempre serão uma minoria;

  • foram e ainda são perseguidos;

  • estão sempre preocupados em serem aceitos;

  • quase sempre não conseguem deixar pra trás o fato de serem gays e/ou judeus;

  • conversam muito sobre serem homo e/ou hebreus e gostam do assunto;

  • sempre sabem (ou dizem saber) quem pertence e quem não é da sua categoria;

  • geralmente têm um nível cultural mais alto do que o resto;

  • namoram quase que exclusivamente pessoas do seu grupo;

  • adoram festas e celebrações &

  • simplesmente são o que são.

Uma das coisas que mais me agrada nos dois grupos é que, por serem tão comumente alvo de preconceitos, ideias burras e ignorância, ambos estão sempre alerta para a ameaça da incompreensão e estupidez do(s) preconceito(s).

Já disse um judeu muito famoso: "ama os outros como a ti mesmo".

Feliz Páscoa! Feliz Pessach! Lembrem-se da silhueta!

25 de novembro de 2008

Declínio e Queda do Império Viadano

Quem um dia tiver a curiosidade socioviadológica de percorrer os lugares para o público homensexual de Paris, London, Baby-you-can-keep e Amesterdão há de perceber algo impressionante: a pouca quantidade de gayzinhos jovens.

Primeiro pensei que fosse a escolha do lugar; estava em um lugar freqüentado majoritariamente por hombres mais senhoris e que talvez os jovens estivessem em outro lugar. À medida que o tempo foi passando, fui reparando a cada vez que simplesmente não via quase ninguém com menos de 30 anos nas buátchis e bares daqui. O quê estaria acontecendo com a junventude viada?

Quando a gente pensa no Brasil e nos locais gayos, e menos nos moderninhos, as bichas novam dominam; quase não se vê gente com mais de 30. Qual será o fator de tamanha diferença? Eis que fui mais uma vez a campo investigar tal mystério de Mãe Europa.

Pensando nas idades dos freqüentadores, me vi entrando num túnel do tempo homoerótico e por aí fui chegando mais perto da resposta. Esse pessoal (30 +), quando começou a enviadar e sair na noite, não encontrava abertura nem da sociedade nem de quase ninguém, e por isso se concentrou em bairros como guetos (numa estranha coincidência, o bairro viado de Paris é também historicamente o bairro dos judeus). Nos guetos pode-se ser gay e tá tudo ótimo, santa.

À medida que os anos foram passando, a sociedade ficou mais aberta e aceitando melhor essa galera viadinha. Hoje em dia não parece (pelo menos em Europa Ocidental) haver necessidade de se esconder nos guetos para viver. Os menines são como os meninos, a única diferença sendo que eles curtem uma brodagem mais exclusiva.

Minha cabalística hipótese me foi confirmada por um senhor no centro de informações homossexualas de Amsterdã. Disse-me esse senhor: "Os jovens não saem. Eles vão apenas a festas particulares ou lugares mistos".

No Brasil a galera ainda freqüenta bastante os guetos e 'lugares GLS' (sic) porque não rola tanta abertura da galera. Muita gente só se sente tranqüilo na bibice quando se encontra nas buátchis/bares. Entretanto, observa-se que, já há algum tempo, muita gente gê-ele-essa prefere ir a lugares miques a freqüentar baladas exclusivas.

Na opinião modesta deste colunista, este será realmente o futuro do viadismo. Héteros e homos de todo o mundo vivendo na grande harmonia e paz de INRI. Muito mais saudável e plural, né?


El fin dos guetos?

9 de agosto de 2008

Preguiça, Pânico & DVNO

O trabalho enobrece o homem, mas também deixa-o muito sem tempo, minha Gente! Por isso tenho me ausentado. Ok, na verdade também fui atacado por um surto de preguiça, mas prefiro acreditar que as duas coisas estejam relacionadas. I've heard it all before.

E ontem que, num momento de tédio e estimulado pelos trêileres divertidos, fui ver "A Múmia chinesa" ou algo do tipo. G-zus, sabia que não podia esperar tanto, mas mesmo com baixas espectativas me decepcionei! Quão bobo fui. Os diálogos e piadinhas de americano são de doer! A pior parte foi, em minha modesta e crítica opinião, quando os Yetis (aka Abomináveis Homens das Neves) chutam um malfeitor e comemoram como nos jogos de futebol americaño. P-R-E-G-U-I-Ç-A.

Preguiça e pânico também me deram constatações a respeito de bichas enrustidas da medicina da UFMG. Rafa me mostrou fotos de uns caras da sala dele que são homensexuais, namoram, mas fingem ser brous, andando com os bróderes paias da sala e mesmo ficando com as amapoas do curso. Urgh! O pior é que eles devem ouvir e ter de fazer insultos à sua própria orientação. Que medo da cabeça desses meninos, deve ter tanta, mas tanta repressão, que eles não dão conta de ver a saída. Diz que um deles até conseguiu infiltrar seu namoradinho brou na turma dos "pega-muié". Pânico.


Como seu otimista e vivo na minha bolha de cultura e aceitação luxo, acredito no melhor. Ao invés de m-e-d-o, prefiro acreditar no DVNO:


DVNO
four capital letters
printed in gold!


DiViNO!

15 de julho de 2008

Gi, Gay & PP


Ia começar o relato de hoje contando sobre o maravilhoso resto de tarde bêbado que tive no domingo com meus amigos, mas algo de mais urgente se me impôs.

Não é que hoje, ao tomar a condução depois de mil anos poluindo a cidade no meu carro, deparei-me com um anúncia da Parada do Orgulho GLBTTXYZ de BH?? Achei superdemocrático e pró-bibas!! Quem diria que o Jornal do Ônibus ajudaria a causa homoerótica? Fiquei superfeliz no meu I-pod! E eu adoro andar de ônibus vazio, sem pressa, num dia ameno e lindo, com trilha sonora nos ouvidos!

Outro dia estava conversando com meu amigo Luan, que é relativamente mais novo que eu, e ele estava me contando as histórias suas e de seus amigos viadinhos. Airsh, achei tudo tão saudável e mais fácil! Ele me contou que conheceu pessoas gayas na internet e que, desde cedo, já fez amizades com outros gayzinhos e saíram todos juntos... Fofuras mil! A esperança sempre vive. Viva las mega bibas, já diria a finada banda Shampoo.

Ah, não posso deixar de mencionar a linda entrevista que li hoje com a ídala de Leandra Borges (ãh!), Gisele Bündchen, na qual ela acaba com TODAS as perguntas bestas do entrevistador e ainda alfineta os anti-féchon ao dizer, referindo-se aos distúrbios alimentares, que "o que causa isso é a falta de uma base familiar forte, não a indústria da moda". Polemiquésimo! Eu estou do lado da Diva, mas há quem não esteja.