13 de setembro de 2013

Das cinzas

O construtor

Cada ano uma pedra
cada amor um tijolo
o cimento que me prende
agora já é móvel

Cada planta que eu desenho
errando a toda hora
cada perfeição que eu desmonto
o afeto que me importa


A fundação que eu não tenho
vai aos poucos me mudando
cada cano que perfuro
vazamentos de quem amo

Talentos escondidos
habilidades que se mostram
já me aceito, já me cobro
mais leveza, bem mais dobra