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25 de setembro de 2010

Operações matemáticas

É tão entristecedor perceber que as pessoas usam as ferramentas comunicativas da atualidade para autopromover a mediocridade.

Muita gente parece confundir acesso à informação com produção cultural. Não é só porque se obtém informação facilmente que se produz algo relevante, interessante ou inovador. Antes que absorver tudo, deve-se filtrar o todo. E isso é só o primeiro estágio.

Sem mais delongas, eis uma lista das coisas mais irritantes e mentalmente pobres que se veem por aí e aquilo a que elas NÃO EQUIVALEM:

  • Leitores de revistas de moda Propagadores de estilo
  • Detentores de câmeras digitais Captadores de imagens intrigantes
  • Baixadores de música DJs
  • Bonitinhos Modelos
  • Replicadores de frases feitas Escritores
  • Falastrões irrelevantes Formadores de opinião
  • Frequentadores de lugares da moda/cults Criadores de tendências



Que chatice.

25 de março de 2010

Antipatizando

Eu, que ando querendo lançar um maravilhoso e completo livro de autoajuda baseado no lado antimatérico da força, acabo de descobrir o poder da antipatia como ferramenta motivadora.

Seguinte: estou com uma antipatia tão gigantesca de um professor meu, rígido, inflexível e detalhista que tenho estudado horrores para a matéria dele. Nesse meu pequeno orgulho bem do bobo, vou progredindo nos saberes e crescento cientificamente. Não é proveitoso ter um pouco de antipatia?

As pessoas boazinhas jamais se aproveitarão desse sentimento seminegativinho para fazê-lo renascer, tal qual a Fênix, numa forma muito mais positiva.

Esse vai ser o mote do meu livro e, posteriormente, das minhas palestras. Não é enganador dizer às pessoas que o pior delas pode ser útil? Talvez não.

O problema é que a grande maioria das pessoas bem gosta de sofrer bastante pelas mesmas coisas, sem realmente querer mudar (Sr. Freud explica).

Enquanto isso, os espertos ganham e os gurus-picaretas ganham mais do que qualquer professor-doutor antipático ou não.

Mundo, vasto mundo. Se me chamasse Antônio Roberto...


24 de fevereiro de 2010

Mão dupla

Para quê complicar quando podemos facilitar? Se eu soubesse a resposta, estaria milho-nário com minhas palestras de autoajuda.

Aliás, se soubesse a resposta, as cousas seriam muito, mas muito mais fáceis para mim.

Mesmo quando tentamos ter paciência, entender os outros e seus motivos, há horas em que a verdade mais pura é que: as pessoas às vezes são simplesmente chatas mesmo.

Acho que cada dia me aproximo mais do ponto da intolerância saudável, também conhecida pela seguinte frase: "a paciência tem limite".

Talvez a compreensão humanística não seja a resposta para uma boa convivência; tudo acaba ficando muito mão-única.

Que saco.

16 de janeiro de 2010

Lidando com o mal-humor (alheio)

Já cri outrora ser uma pessoa bastante mal-humorada. Eis que o convívio com outrem me demonstrou que eu sou uma palha italiana de doçura se comparado a certas pessoas. É um alívio conviver com gente mais chata que você, não é mesmo?

Na minha lida (diga-se que quase diária) com o mal-humor alheio, desenvolvi estratégias de convívio que vão do fofo-fofo-fofo ao foda-se fedazunha, dependendo do meu estado de espírito.

Fazendo o fofo-fofo-fofo:

  • Fale pouco. Pessoas mal-humoradas geralmente buscam qualquer desculpa para destilarem seu veneninho. Menos é sempre mais.
  • Seja altruísta. Pergunte se está tudo bem, se a pessoa tem algo a dizer e etc. Ao desabafar, ela muitas vezes melhora o humor. Nem tudo está relacionado a nós mesmos, né?
  • Seja legal. Convide a pessoa chata para sair, dar uma volta, se destrair. Ocupando a cabeça, ela com bastante certeza esquecerá os motivos do azedume.

Ligando o foda-se fedazunha:

  • Ignore. Não dê a menor confiança para o azedinho do humor, simplesmente deixando que a pessoa se afogue no pH baixo do seu próprio espírito, sem que isso mova uma sobrancelha sua.
  • Fuja. Saia de perto da pessoa, de preferência aprochegando-se de alguém mais legal. Fique na sua e finja que o chato não existe.
  • Divirta-se (muito). Na melhor das hipóteses, você contagia o mal-humorado; na pior, você o deixa com inveja e desejoso de ser tão legal quanto você.

Todas as estratégias acima já foram testadas e aprovadas pelo Inmetro com alto grau de sucesso.

Numa luta por menos encheção de saco.

5 de janeiro de 2010

Luta antibaba-ovo

Uma nostalgia nefasta por minha vida na França tem recaído sobre mim ultimamente. Talvez causada pelo hábito francófilo de assistir aos telejornais franceses por motivos linguísticos, esse sentimento é-me bem surpreendente, uma vez que foi justamente em janeiro que meu pânico maior por Paris se instalou.

Azedo que sou, eis aqui um levantamento de cousas uó que fizeram meu ceticismo pela França explodir e se transformar num desejo incontrolável de voltar para o Brasil e tornar a vida melhor aqui, pois nós somos beeeeeeeem mais legais que eles.

  • O fator trabalho. Na França existe um sentimento de respeito ao trabalhador que é em parte louvável, em parte nojento. Os serviços lá são horríveis; o atendimento é lento e blasê e o cliente não tem nunca a razão. Os horários de funcionamento de lojas e etc são caóticos e variáveis, sem o menor respeito pelos consumidores (tipo a padaria pode ficar uma semana inteira de férias porque os donos quiseram). O pior: eles nem reclamam!
Eu acabo de assistir um jornal que tenho costume de acompanhar e notei que o cenário estava
diferente. Ao fim da transmissão, o apresentador - o qual notei estar sem maquiagem e muito informal - disse que hoje tinha sido assim porque o pessoal da rede de televisão está em greve.

Alguém já viu algum apresentador da TV Cultura (uma estatal) aparecer descabelado por greve? G-zus.

Não, brigado.

19 de outubro de 2009

Oui, je regrette

É impressionante como o domingo afeta meus humores. Quase não passa um em que eu não me sinta meio para baixo...

Ontem não foi diferente, e passei as últimas horas do dia em viagens mentais pouco legais. Um sentimento recorrente se me impôs ontem: o arrependimento. Talvez o fato de eu ser tão decidido e opiniãozudo não o deixe transparecer sempre, mas há vários dias que me sinto o oposto da célebre cançã de Edith Piaf, e me arrependo de tudo.

É um pensamento pouco positivo, diria até um pouco fracassado. Como hoje não estou tão afetado por ele, pensei que ouvir a sua antítese na voz de Piaf pudesse me dar forças. Ei-la:

11 de setembro de 2009

Caipimetafísica azeda

Na posição de Brazil's Next Top Pessoa Crítica, não posso deixar de manifestar meu desgosto e semirrepulsa por uma novela tão besta como a hare-babaca Cuminho das Lindjas. Como diria Katylene: leeesho!!

Além de ter que aguentar dramaturgia produzida por Glória Peres, ainda fui obrigado a ouvir comentários a respeito disso hoje à noite num evento para o qual fui convidado. Daí me pergunto: para quê chamar alguém para um evento social se as pessoas não vão socializar, mas sim ver uma novela horrível como há muito não se assistia?

Essa leve afronta causou um pesado desgosto em mim, que se traduziu por sua vez numa urgência de fuga iminente (graças a Adonai pelo disque-táxi). Por quê mesmo que resolvi sair de casa? Ah sim, para ser simpático.

Vou ali espremer meu limão-existencial e ver se consigo pelo menos aproveitar o pileque.

3 de setembro de 2009

Assumindo o saco

Eu tipo não aguento os erros estúpidos e falta de vocabulário específico travestidos de falsos anglicismos! GRRR!

Explico: tenho lido bastantes teses, projetos de mestrado e o escambal, e não paro de ver pessoas usando o seguinte verbo:

"A teoria tal assume que o fenômeno tals é mais estranho." (SIL, Imbê)

Quem assume algo, assume que é gay, besta, chato, pão-duro. No resto, a gente pressupõe.

E eu pressuponho aqui que essas pessoas querem mostrar que leem muito em inglês, por isso assumem tanto.

Um saco, ?