28 de dezembro de 2008

Cinéfilo

Quem tem tempo para mais uma lista de melhores alguma coisa do ano? Eu sempre tenho!

Voltando no passado, aqui vai uma lista dos melhores filmes que eu vi no ano de 2008. Lembrando sempre que a minha opinião é sempre baseada no meu próprio gosto, que se supõe livre de qualquer influência baba-ovística de cinéfilos wannabe cults ou cousas do gênero. S'embora?

1. 4 meses, 3 semanas e 2 dias. Filme romeno de chocar o cérebro e enternecer o coração. Uma história que mistura sovietismos, amizade, aborto e questões de vida. Há muito não me sentia tão preso e empatia por um personagem. Ele foi o ganhador da Palma de ouro de 2007, mas só saiu no Brasil em 2008, chegando e coroando minha lista.

2. Batman - o Cavaleiro das Trevas. G-zus, um filme de ação com questionamentos philosóphicos docarai, óptimas atuações e coração na boca. Eu, que sou fã de carteirinha da série dos anos 80/90 do Tim Burton, amei a atuação. Adoro Curinga, adoro Curinga! L-U-X-O.
3. Tropa de elite. Mereceu todo o alvoroço que causou. Dentre outras características boas, foi o primeiro filme brazuca de grande repercussão que provocou algum questionamento social. O melhor é que ainda trouxe à tona expressões luxo de outrora: fanfarrão!

4. Mannen som elsket Yngve. Esse é um filme norueguês bem lindinho, que questiona várias coisas da adolescência e ainda trata de amores homofofos sem ser piegas ou nada.

5. Entre les murs. Mais um que questiona, desta vez o sistema educacional. À primeira vista, parece mais um filme professor-bem-intencionado-salva-alunos-da-periferia, mas, por incrível que pareça, é diferente. Nesses são ouvidas também as vozes dos alunos, que também questionam várias coisas. Bem ótimo.

Para quem não pôde ver, vale sempre a pena dar um pulinho na sua locadora. Uma ótima pedida para aqueles que não viajarão em janeiro - ponham os filmes em dia!

Beijos, me liga.

25 de dezembro de 2008

Espairecendo

GENTE!!

Estou espairecendo na Suíça, com direito a um pulinho spa-ico nos Alpes, mas em breve volto com muito mais.

Feliz natal e ótima digestão a todos!!!

15 de dezembro de 2008

Não (ou)vi e não gostei

Chegado o fim de ano, é hora de uma das coisas que mais gosto dessa época: as listas e retrospectivas!!

Como não poderia deixar de ser, aqui posto uma listinha das 5 bandas/músicos que lançaram disco neste ano que eu NÃO OUVI e NÃO GOSTEI.

Aqui vão:

1. Magallu Magalhães. A meu ver a chata wannabe-Caetano do ano. Vade retro!

2. Marcello Camello. Vencedor do prêmio pedófilo nojento do ano. É-CA-TI.

3. Namoro nauseabundo de Mallu e Marcello. Cartilha da pedofilia-exploração II.

4. O disco novo da Cyndi Lauper. Em poucas palavras, "she's not her and never will be".

5. O novo do Oasis. Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...


Odeio muito tudo isso.

5 de dezembro de 2008

Cartilha pró-ar puro

G-zus, comentários têm chovido a cântaros em minha caixa de email acerca da famigerada campanha e manifesto Arrasa sem fumaça. Antes de mais nada, deixo bem claro que não se trata de ódio aos fumantes, e sim à fumaça e mal-cheiro produzidos pelo cigarro que transformam produções luxo em cinzeiro e fazem nossos olhos arder.

Proponho que haja um leve segregação momentânea dos fumantes nos momentos de inalação de nicotina, alcatrão e cia limitada. Isso já existe aqui em Paris e funciona muito bem. É terminante proibido fumar em qualquer lugar público fechado. Quer dizer que ninguém mais fuma?Perguntar-me-ão certamente. Sim, inclusive loucamente, mas da seguinte forma:

a) Espaço fumante. São áreas fechadas dentro de alguns bares e boates com exaustão total de fumaça. Só se pode fumar lá dentro. São tipo gaiolas de vidro (no aeroporto Galeão do Rio há varias).
b) Área aberta. Alguns bares e boates têm uma pequena área a céu aberto dentro das dependências, e é lá que a galera vai quando bate a vontade.
c) Passeio. Na maioria dos bares e boates, as pessoas simplesmente vão até o passeio e lá ficam até o fim do cigarro.
d) Cordas separadoras. Esse é o método utilizado nas boates que cobram entrada (a minoria aqui, mas a maior parte no Brasil). Eles põem umas cordas ou grades, tipo as que se usa pra organizar filas em xos e etc, contíguas às portas. Os fumantes se infileram nelas do lado de fora até terem consumido seu alcatrão. Depois retornam à pixxta, sem perigo de fugas ou entradas ilegais. Civilizado.

Rezo para que uma tal lei seja aplicada no Brasil inteiro, ou pelo menos em minha amada BH. O fumo passivo também mata, minha gente. Que delícia é poder chegar em casa depois da noitada e ainda estar cheirando gostoso! Um raro prazer.

2 de dezembro de 2008

Um sábado à noite na vida de T. Panno

Por volta de 22h, sala de banho.

É chegada a hora de se preparar. Primeiro, um banho demorado, tanto higienizante como embelezador, regado aos mais diversos tipos de colônias, sabonetes e xampus pró-vitamínicos. Segue-se o ritual hidratante. De 3 a 5 cremes diferentes são aplicados sobre a cútis límpida, tonificando-a e garantindo um brilho colagenoso. Hidratação obtida, apresenta-se o momento crucial: a escolha da indumentária.

22h45, quarto de vestir.

O armário se abre: vê-se um desfile dos mais diferentes tipos de roupas de estilistas de todo o hemisfério ocidental. Brusinhas de várias padronages e tecidos, mangas curtas e cumpridas, golas e botões (alguns de ouro, ouros Versace).

Camisetas coloridas de várias estampas vibram em meio às lisas. Naquela noite a escolhida foi uma branca de gola canoa, alegrada por um desenho com brilhos e referências. As calças, um capítulo à parte - skinny, baggy, jet-legging, pantalones, corsário, calções... Ok, pega-se a mais justa. Sapato ou tênis tendência? A segunda opção. Colete com colar ou xale palestino com chapéu? Todas as opções acima. Tudo será mostrado à medida que o álcool for fazendo efeito.

23h45, lavabo.

As imperfeições do rosto são homogeneizadas com muito Lancôme, MAC e Dior. Cílios realçados, brilho nos olhos. Boca cintilando, mas discretamente.

Para o cabelo, um gel leve seguido de um pouco de laquê e pomoda estabilizante. Ali há de haver muito brilho e moda, mesmo de baixo do chapéu.

00h15, alcova.

O toque final é dado pela escolha do perfume. O arramate deste sábado é dado por uma fragância leve porém marcante, um odor amadeirado com um quê de cítrico. Perfeito, hora de sair.

00h40, porta da boate.

Após descer glamurosamente de seu táxi, T. Panno cumprimenta os seguranças e entra direto na casa noturna, sem enfrentar a fila - um luxo.

2h37, bar externo.

Infelizmente, a noite não está para peixe e nem pra tubarão, e T. Panno decide ir embora. A noite deu o que tinha que dar.

3h10, vestíbulo

Ao se olhar no espelho de cristal da entrada de seu apartamento, T. se espanta com sua própria beleza e bom-gosto. Quão bem-vestido está! Nesse momento, suspira de pesar de não ter arrasado mais. É neste momento que lhe vem às narinas o cheiro empestiado de fumaça de cigarro - sua produção está fétida!! Nada mais lhe resta a fazer, a não ser pôr toda a sua produção no valor de mais ou menos 640 euros toda no lixo. Sim, pois, nessas ocasiões, é o que deve ser feito.

Do fundo de seu ser, passando pelo guela e explodindo de sua boca, emergiu o seguinte grito:
- Por quê a gente não ARRASA SEM FUMAÇA?!


Baseado em fatos reais.


Cigarro ou arraso?