28 de dezembro de 2009

Listinha final de 2009

O ano já acabou? Não? Então ainda dá tempo de uma listinha-retrospectiva dos melhores discos de 2009! Viva!

Eis aqui os artistas e bandas que mais me emocionaram, guiaram e acariciaram meus ouvidos e cérebro nos meses que se passaram:

  1. The xx. A melhor descoberta do ano. Vozes sexies, baixo pronunciado, letras delícias. De acalentar corações.
  2. Fever Ray. O mais luxuoso do mundo da experimentação eletrônica. Não dá para ouvir sempre, mas é sempre bom de ouvir.
  3. La Roux. Voz bem gostosa, muito tecladinho, uma perna inteira nos anos 80 e letras aprazíveis. Sucesso na pixxta.
  4. Arctic Monkeys - Humbug. Mais maduros, mais melódicos, mais guitarras, mais Alex Turner. Pra toda hora.
  5. PJ Harvey & John Parish - A Man A Woman Walked By. Escutei 16, 15, 14 tantas vezes que furei o disco. Banjos, teclados, vozes, ruídos. Tudo bem bom.

Realmente, esses fizeram parte da trilha sonora da minha vida neste ano.

E aqui vai um clipe do Fever Ray; só um gostinho do universo musical e visual criado pela minha ídala, Karin Dreijer Andersson.


Nos joguemos!

27 de dezembro de 2009

Sucesso

Como precursor da plurifamosa e semicontroversa campanha Arrasa sem fumaça, que preconizava um mundo da diversão sem odores nauseabundos, olhos ardendo e doenças pulmonares que o fumo passivo na buátchi causa, creio que devo uma comemoração ante ao sucesso de nossa luta.

A Câmara municipal de BH e o Governo de Minas aprovaram a lei que proíbe o cigarro dentro de estabelecimentos fechados, grosso modo falando, o que é um luxo.

Ainda que não tenha entrado em vigor oficialmente, vários locais dançantes de BH já puseram em prática a lei-luxo. Tive a oportunidade de ir à Velvet recentemente, livre do fumo, e hei de dizer: que mundo melhor!

Nessas horas que eu recarrego meu otimismo quanto ao progresso sociocultural do nosso queridinho país. Civilidade é isso, minha gente.

Luxo é... sair à noite e não ter que jogar as roupas fora por causa de cigarro.

23 de dezembro de 2009

Cartão de Natal

Ando meio desligado, ainda que sentindo meus pés no chão.

Não sei se amo o Natal como muita gente por aí, mas tampouco o desprezo como mais gente por aí ainda. Acho uma época gostosa, em que as pessoas tentam se empolgar e pelo menos fingir que ligam para muita coisa que em outras épocas ficam esquecidas.

Mormente, acho que o Natal é uma data-símbolo para que nós pensemos principalmente as relações familiares, já que se espera que passemos a data com junto com nosso DNA.

Neste ano estou trabalhando para que tudo aconteça com menos estresse e com mais alegria. Depois veremos.

Assim sendo,

Um ótimo Natal para todos!


PS: como as festas de fim de ano são um período de intensa atividade familiar, presental e comilâncica, hei de tirar breves férias da postagem frequente.


14 de dezembro de 2009

Meus ricos senhores

Estou constipado (alergia aos pêlos dos cachorros uó da minha prima) e com um dedo de mal-humor.

Pelo lado bom, hoje comi panetone, pizza e me joguei no café.

Também terminei de ler O primo Basílio, de acérrimo crítico societal Eça de Queiroz.

Pena que o moralismo tenha imperado tanto na época, né mesmo? A narrativa é um luxo.

Literaturicamente falando, agora passei a ler um autor que há muito me apetecia, J.M. Coetzee.

Como me disse uma amiga hoje, a arte é o melhor remédio para uma fossa light.

10 de dezembro de 2009

Troféu SLU

Foi recém-lançado o prêmio que coroa com muito sarcasmo o pior da produção cultural mundial:

o Troféu SLU (serviço de limpeza urbana)!

E o primeiro ganhador de tão crítico reconhecimento é o filme-lixo do ano, o brasileiro "Do começo ao fim". Escrito e dirigido por Aluisio Abrantes, a obra musa dos garis é construída sobre um texto horrivelmente pouco real, com falas muito mais apropriadas para um comercial ruim de margarina do que para o cinema.

Os atores, apesar de gatos, são bem péssimos. Além dos fraquíssimos atores principais, Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcellos, há ainda as atuações revoltantes de Júlia Lemmertz e Fábio Assunção, nos papéis dos pais do casalzinho gay incestuoso.

Além do texto-lixo e das atuações-lixo, há ainda a péssima utilização de um tema sempre polêmico e controverso, o incesto. É tão inverossímil a apresentação da questão que o filme revolta até os estômagos mais tranquilos.

F-U-J-A-M!


9 de dezembro de 2009

Rapidinha sobre o sumiço

Uma cousa muito ungida aconteceu comigo, fruta de muito esforço e trabalho pró-sucesso!

À guisa de comemoração, fui-me para São Paulo no fim de semana e assimilei muitas tendências, cultura e moda-fashion.

Mais sobre isso em breve!
Celebrarei tudo com muita música e amigos.

2 de dezembro de 2009

Conversando com ricos

É muito interessante a lida com os ricos. Na nossa cultura multicindida socialmente, o assunto dinheiro permanece um tabu mantido de várias formas e com vários códigos secretos para ser abordado. A chave da abordagem igualitária pode muitas vezes parecer um mystério, mas não impossível de desvendar.

Numa recente pesquisa de campo, fiz as seguintes descobertas:

Com frequência, a pessoa endinheirada testa o interlocutor antes de demonstrar quão rica é. Os testes são de vários tipos, sempre averiguando o que pode ou não ser dito para certas pessoas sobre o emprego da grana.

Por exemplo, ao mencionar onde faz compras, a pessoa bem-de-vida espera uma reação do ouvinte ("nossa, lá é tão caro" ou "lá é ótimo") para saber onde pisar quanto ao tabu.

Frequentemente o dono da grana, ao ser perguntado sobre sugestões de lugares, compras e etc, dá primeiro sugestões mascaradas de baratas, sem no entanto revelar sua verdadeira preferência.

Essas dicas capiciosas podem ser bastante úteis para todos vocês, uma vez que estou planejando ganhar os 81 milhões acumulados na loteria. Caso aborde esses assuntos tergiversando, vocês já saberão o resultado.

Eu em 2010

29 de novembro de 2009

Digo não à decepção

Aqueles poucos que me conhecem verdadeiramente de perto sabem que eu vivo & morro pelos meus amigos. Esses últimos são uma das cousas mais importantes e constitutivas de minha vida. Não tenho palavras (o que me é assaz raro) para descrever quão cruciais eles são para mim.

Por outro lado, quando sou decepcionado por alguém, raramente consigo voltar atrás na minha devoção amical. Quando esse tipo de cousa acontece, posso até ser compreensivo e tentar entender as circunstâncias, mas dificilmente o olhar volta a ser o mesmo.

Tomara que eu esteja bastante enganado e/ou que Adonai me dê a lucidez para evoluir. Quem sabe.

De boas intenções, o inferno está cheio, não é mesmo?

Diretrizes

Ultimamente tenho seguido os preceitos judaicos na escrita blóguica, isto é, guardando o Shabbat e atualizando nos outros dias. !ברוך אתה יהוה Tem sido bastante adequado.

Metabloguisticamente falando, estou prevendo mudanças visuais para este espaço mýstico. Em breve, novidades para todos vocês, cristãos, ateus, judeus, budistas, muçulmanos, candomblaicos, etc!

É só esperar (sugiro sentado) para ver...



26 de novembro de 2009

Edificante

O esforço, definitivamente, compensa e recompensa.



Nada como uma dificuldade e falta de tempo para otimizar nossas ocupações, né não?


25 de novembro de 2009

Light

É mais que impressionante o quanto eu amadureci ao longo dos anos. Não sei se foram os dez anos de terapia ou se é mesmo a vida que nos transforma, mas fico embasbacado quando comparo minhas reações atuais com aquelas que tinha há alguns anos. Tipo assim, xô estresse mental!

É óbvio e evidente que ainda tenho minhas loucurinhas, explosões de humores e lapsos de sociabilidade, mas com muito menos frequência e bem mais controle do que outrora.

A cabeça ainda leve metafisicamente. Que Deus conserve.

24 de novembro de 2009

Lede muito e passai nas provas

De tanto estudar, minha cabeça quase ebuliu. Que os deuses recompensem meus esforços!


Iluminem a cabeça deste pobre servo!

23 de novembro de 2009

Mm

Destava ir ao clube quando era criança. Talvez fosse influenciado pelos meus irmãos mais velhos, que queriam dormir até mais tarde e odiavam ter que levantar (alguém aí pensou em crise aborrecente?), mas acho que o que eu não gostava mesmo era do estresse de ter que "sair cedo", "ficarmos prontos ao mesmo tempo" e "parar de enrolar". Essa parte sim era um saco.

Em retrospecto, eu até que aproveitava. Tinha as brincadeiras na piscina, os pastéis supergordurosos e a famosa escolha do picolé mais delícia antes do almoço.

Um dia, depois de toda uma tarde mergulhados num calor como o de hoje, foi resolvido que almoçaríamos em casa ao invés do restaurante do clube. No caminho, minha mãe teve a inovadora ideia de comprar Coca (algo raro, já que ela não bebia).

Chegando na nossa residência, fomos todos para a cozinha e minha mãe pegou vários gelos, cortou limões e nós ficamos tomando Coca-Cola com gelo e limão naquela tarde em ebulição.

Desde esse dia, quando descobri tal deliça, adoro essa combinação.


18 de novembro de 2009

Música indie para sexo sensual

Que atire a primeira partitura quem nunca usou música para incrementar o sexo.

Desde a invenção da flauta de osso, o ser humano vem utilizando ritmos e melodias para maximizar suas potencialidades sexualas. Durante o ato, a música pode nos fazer acelerar, ir mais devagar, entrar no clima ou mesmo servir de justificativa para uma boa dor-de-cabeça antissexo (algo assaz amapoesco).

Eu pessoalmente já prefiro cançãs que me deixem mais sensível às sensações corpóreas e sensuais. Com essa ideia na cabeça, vasculhei meu I-pod em busca das músicas indies que mais acendessem os sentidos. Eis minha lista:


Cá está o vidjo de Crystalised:



Se algum de vocês um dia quiser me pegar de jeito, já sabe como agir.

Faça você também a sua lista e se jogue.

16 de novembro de 2009

Lição sobre como fugir de chatos

Durante minha temporada na França, conheci um menino espanhol (da Galícia) na minha faculdade. Começamos a conversar, e como o galego é primo-irmão gêmeo do português, batíamos altos papos nativamente. Interesses linguísticos à parte, esse menine (pois acabou se revelando homensexual) era MUITO chato (categoria falastrão non-stop).

Foi então que um dia, motivado pelo sofrimento extremo causado pelo clima-cocô de Paris no inverno, resolvi dar uma escapada rápida para Madri num determinado final de semana. Muito inocentemente, comentei en passant com o colegue que eu estava querendo ir para a Espanha passar uns dias. G-zus, o tal pessoa sismou que tinha que ir comigo, que seria ótimo, que ele conhecia tudo e etc...

Detalhe: um dos motivos que mais me impulsionaram a fazer essa fofoluxa fuga era exatamente ter férias mentais de falações loucas (lembrando que eu dividia um microapê com a Imigrante Enlouquecida). Quando imaginei a situação em que passaria o dia inteiro com alguém que sofria de logorreia crônica e aguda concomitantemente e ainda ter que dividir o quarto, espasmos de pânico se me espalharam pelo corpo.

Como fugir de tal situaçã?
  1. Primeiro, tentei a famigerada estratégia tupinambo-brasileira: dar respostas vagas. Não funcionou, pois a insistência vencia.
  2. Segundo, lancei mão de doses cavalares de semancol: não fazer a menor questão de incluir a pessoa nos planos. Não surtiu efeito, pois ele me ligava, mandava SMS e me chamava no MSN.
  3. Terceiro, usei o trunfo dos ficantes pouco interessados: sumir da pessoa. Piorou a situação, pois ele triplicou o número de chamadas, mensagens, o caramba...

Tivemos então a comprovação da completa falha metodológica das abordagens mais frequentes de evitar chatos.

Eis então que recorri à minha própria abordagem: a sinceridade cortante.

Disse para ele que estava querendo ir para a Espanha para descansar e que preferia fazer isso sozinho.

Duas semanas depois, passei quatro dias num delicioso sol de inverno me jogando nas tapas e no descanso mental.

A honestidade seja louvada.

12 de novembro de 2009

Heróis na Hero - Especial Semana moda

Como patrono da moda masculina, não posso ignorar a importância (crescente e luxuosa) dos modelos brous.

Ainda que não cheguem ao estrelato de Gi & cia, o despertar do consumidor de moda pró-rapaz tem elevado a procura e a necessidade de termos lindos, gostosos e exópticos modelos homens nas passarelas e revistas do mundo.

Como fazer para encontrar um modelo gato com a cara da sua marca?

Eis que surge HERO, uma revista inglesa que se dedica a divulgar e lançar tendências no quesito homens-pão para campanhas. Eu, um fã assíduo da beleza masculina levemente andrógina com um quê de esquisito da Inglaterra, assino em baixo.

Dada a proximidade do país de Harry Windsor com a Bélgica, eis que não posso deixar de citar meu grande apreço e desejo (estético, entenda-se bem) pelo modelo belga new face Luuc Brans (foto acima). G-zus.

Como diriam os antigos: "ô, l'em casa!".

11 de novembro de 2009

Pés às compras - Especial Semana moda

Muito me perguntam por aí sobre dicas e indicações sobre lugares ótimos/marcas luxas para incrementar um guarda-roupas de bom gosto masculino.

Eis então uma lista das minhas marcas favoritas de moda para rapazes:


O paraíso da compra masculina luxa é São Paulo, indubitavelmente. A rua Oscar Freire e as adjacências contêm toda a moda que cabe num bolso e veste um homem bem.

Esses são os grandes nomes de roupas novas, mais logo entro no quesito brechó.

Mãos às compras!

10 de novembro de 2009

Verão hot - Especial Semana moda

O verão já está entre nós e o calor este ano há de ser de matar, seguindo tendências internacionais de aquecimento global.

Como a moda é a entidade humana mais tendenciosa, venho por meio deste dar notícia da mais deliciosa tendência para a moda masculina: bermudas de alfaiataria.

Jean-Paul Gaultier

Para serem usadas com luxo e glamur, elas vêm para substituir (caso Adonai seja bem louvado) a
moda nojenta do uso de bermundas surfistas na cidade.


Pratinha da casa, Jesus Luz para Givenchy por Riccardo Tisci (ídolo)


Rick Owens


Alexandre Herchcovitch

Já que a maioria dos homens não passa de franguinhos féchom, que pelo menos suas namoradas os OBRIGUEM a comprar algo mais interessante, não é?

Se joguemos.

9 de novembro de 2009

Brazil's Next Top Chatos - Especial Semana moda

Como fã primordial da transcendental série televisiva America's Next Top Model, não posso me conter ante às mazelas producionais e trejeitos wannabezísticos que a versão tunipiquim do programa nos apresenta.

Para ser conciso, aqui vai uma lista de sugestões para o pessoal da produçã. Faz-se necessário:

  • descolar uma apresentadora simpática/carismática e que tenha realmente sido importante no mundo modístico (quem se lembra da fofa Shirley Mallmann, a primeiríssima da safra luxa gaúcha que arrasou nas passarelas do sistema solar?);
  • haver mais críticas positivas e menos xoxação por parte do júri;
  • dar dicas mais diretas a respeito da moda Feira Shop de quinta que as candidatas usam;
  • enviar um memorando PROIBINDO o Pazetto de continuar usando óculos escuros em ambientes fechados / à noite. Por acaso estamos numa rave de 1996 e ninguém me avisou?
  • postar um email elegante avisando à Fernanda Motta que ela é uma chata, né?

Se eu fosse a verdadeiramente divertida e fofoluxa Ms Tyra, chamaria Fernanda na berlinda e diria:


Only the best can continue in the hopes of becoming Brazil's Next Top Nice Tv Host. You must go home, pack your bags and eat a lot of sugar, you bitter bitch!


Shirleeeeeey, where are you?

S. Mallmann, a verdadeira Brazil's First Top Model

Ficam aí as dicas, Brasil!

8 de novembro de 2009

Pr'um up no look - Especial Semana moda

Sem medo de parecer ingrato, venho aqui utilizar meus superpoderes críticos para reportar que de tempos em tempos a Moda me decepciona.

Quem se lembra da péssima ideia que foi reeditar as calças, bermudas e etc. Santropescoço? Não havia criatura que ficasse mais bonita usando aquilo, e olha que muita gente fina e rykah até tentou.

A nova decepção é do mundo do espectro das cores. Quem inventou (e copiou ad nauseam) que o tal nude - nosso bom e velho e apagado bege - é bonito, está precisando de fazer um exame COMPLETO para daltonismo.


As phamosas tentaram


As morenas tentaram


E TODAS ficaram bem pouco mais bonitas. Chamem-me de conservador, mas para mim, a roupa e a escolha das cores (e da modelagem, corte, caimento) têm que fazer a pessoa ficar mais gata, realçar algo que ela já tem ou inventar uma cousa que ela desesperadamente precisa.

Não há tom de pele, tipo de corpo ou falta de óculos que façam o bege, digo, nude, dar um up no look de alguém.

5 de novembro de 2009

Rimbaud arrasa

Nada como o prazer estético para acalmar e descansar retinas e cérebros fatigados.

Ainda surfando na minha onda pseudoliterário, eis que dei de cara com um texto bastante elogioso a respeito de Arthur Rimbaud, um dos únicos poetas que eu realmente gosto.

Talentosíssimo, homófilo, e hebéfilo, ele arrasava as noites de Paris e nas descrições mancebísticas. Do vulgar ao luxuoso, ele soube bem interpretar meus sentimentos a respeito da exaustão:


No Cabaré-Verde
às cinco horas da tarde

Oito dias a pé, as botinas rasgadas
Nas pedras do caminho: em Charleroi arrio.
- No Cabaré-Verde: pedi umas torradas
Na manteiga e presunto, embora meio frio.

Reconfortado, estendo as pernas sob a mesa
Verde e me ponho a olhar os ingênuos motivos
De uma tapeçaria. - E, adorável surpresa,
Quando a moça de peito enorme e de olhos vivos

- Essa, não há de ser um beijo que a amedronte! -
Sorridente me trás as torradas e um monte
De presunto bem morno, em prato colorido;

Um presunto rosado e branco, a que perfuma
Um dente de alho, e um chope enorme, cuja espuma
Um raio vem doirar do sol amortecido.

4 de novembro de 2009

Poesia concretista

CansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaço
CansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaço
CansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaçoCansaço,

força!


3 de novembro de 2009

Constatação

O feriado foi a melhor coisa que me aconteceu em semanas. Não que eu tenha feito algo de extraordinário, batstante pelo contrário, mas foi muito do ótimo.

A combinação do repouso mais desencargo de consciência pela realização de trabalhos postergados é um luxo que não é todo dia que tenho.

Adonai também me deu mais juízo para eu me organizar e fazer aquilo que devo... Que eu continue assim!

Beijos, se liga!

30 de outubro de 2009

AuCl3 pra enriquecer a alma

É chegado o fim de semana (quase) e o momento é de celebração. Ao invés de ficar doente e desmaiar, como na semana passada, minha intenção é diversão.

Como uma deliciosa prévia de tais gostosuras mentais e reais, eis aqui o clipe de uma das bandas que mais tem-me agradado os ouvidos: os americanos do Solid Gold


Aproveitemos o tempo livre, minha gente!

27 de outubro de 2009

Hoje

Representação pictórica de como me senti hoje de manhã, ao acordar bem cedo para logo depois ser destratado por um motorista de táxi nada profissional:




Tipo meu mundo e nada mais.

26 de outubro de 2009

Sobre ansiedade

Isto eu escrevi já faz uns dias:


I.

Ansiedade é um cavalo bravo

confinado na caixa torácica

dando coices na parede da alma

II.

Angústia é um galo que canta

pula, se mexe, e espanta

o sono na madrugada

III.

Ansiedade é o colibri voando

entre o estômago, o peito e a fala

Bicando, zunindo e sugando

a calma da minha morada

IV.

Angústia que vai e que volta

Taquicardia, suor e insônia

Reflexão, pensamentos, frações

Um dia ela ainda me mata

23 de outubro de 2009

Aspirina musical

Não é que eu descobri que aquela preguiça gostosa de ontem não foi motivada pela chuva, mas sim por uma gripe que se aprochega? Uó.

Remédios e repousos depois, venho por meio deste declarar meu amorsh por mais uma deliciosa novidade da cena musical índia-eletrônica, os fofos The xx:



Com carinhas de adolescente (destaque para o baixista/vocalista Oliver Sim, meu novo namorado onírico) e cançãs fofamente gostosinhas, eles estão me ajudando a curar a dor de cabeça. Essa música, Basic Space, não é de acalmar cérebros?

Se joguemos.

22 de outubro de 2009

Pra fazer hoje

São Peter está adorando nos enviar chuvas beeeeem caprichadas, não é mesmo? Tirando os problemas urbanísticos pela notória falta de competência e planejamento estrutural, eu bem adoro essas chuvinhas. Aquele calor de ontem estava tirando a dignidade do cidadão!

Pois então, levando em conta meu amorsh pela chuvinha agradável, eis aqui uma listinha inspiradora de cousas gostosas a fazer nesse clima:

  1. ler jornal/livro bicando um café;
  2. acessar sites estapafurdicamente maravilhosos;
  3. tomar um longo banho aromático;
  4. ouvir aquele disco que a gente não escuta há anos;
  5. se jogar no sono.

Como Adonai me deu a graça da manhã livre, vou fazer as cinco!

Beijo, me liga e deixa recado!

19 de outubro de 2009

Oui, je regrette

É impressionante como o domingo afeta meus humores. Quase não passa um em que eu não me sinta meio para baixo...

Ontem não foi diferente, e passei as últimas horas do dia em viagens mentais pouco legais. Um sentimento recorrente se me impôs ontem: o arrependimento. Talvez o fato de eu ser tão decidido e opiniãozudo não o deixe transparecer sempre, mas há vários dias que me sinto o oposto da célebre cançã de Edith Piaf, e me arrependo de tudo.

É um pensamento pouco positivo, diria até um pouco fracassado. Como hoje não estou tão afetado por ele, pensei que ouvir a sua antítese na voz de Piaf pudesse me dar forças. Ei-la:

16 de outubro de 2009

Agora, e já chega.

Numa esperteza-burra, ontem apaguei meu post sobre a cançã do Antony que está me encantando.

Tenho pensado nela com muita frequência e, na minha análise, ela fala sobre dores do amor e do corpo e alma. Metafísica, não? Aqui vai a parte de Epilepsy is Dancing que mais me toca:

Cut me in quadants
Leave me in the corner
Cut me in quadants
Leave me in the corner

Ooh now it's passing
Ooh now I'm dancing
Ooh now it's passing
Ooh now I'm dancing

Mas juro que antes entendia "ooh now and that's it", tipo sofro e tals, mas tem hora que chega. Assaz perspicaz.

E para uma inspiração visual, eis que:


Só que o Antony deveria ter pensado melhor na fantasia, né? Qualquer semelhança com Momo terá sido mera coincidência.

15 de outubro de 2009

Me ajuda, Adele?

Hoje já acordei pensando em Adele, a mais fofa do neo-jazz.

A seguinte cançã ficou martelando em minha cabeça; um hino à teimosia e ao recolhimento-luxo:



You said I'm stubborn
And I never give in
I think you're stubborn
'Cept you're always softening
You say I'm selfish
I agree with you on that
I think you're giving out
In way too much in fact


You like to be so close

I like to be alone


Ando descobrindo que sou teimoso em níveis e estratos nunca dantes pensados. Eita dificuldade de aprender, né mesmo?


12 de outubro de 2009

Por uma vida menos pragmática

Na eterna luta entre a procrastinação e a atividade, em minha vida, creio que a primeira acaba sempre vencendo.

Quando analiso as situações em que procrastino (também conhecido como ter preguiça), frequentemente percebo que escolho algo de interesse criativo bem nos momentos em que deveria estar fazendo algo mais pragmático.

Meu dia teria que ter mais horas para poder caber o tanto de tempo que eu necessito para ter inspiração, descansar e fazer aquilo que deve ser feito. Estranhamente, nunca conto as atividades pró-criação (escrever, música, leitura, estudos nérdicos) no campo dos deveres.


ATP

Já há algum tempo percebi que essas atividades são meu combustível para as outras. Se eu vivesse só para essas, acho que eu morreria aos poucos de tédio e falta de estímulo mental.

Que Adonai e as artes me protejam.

11 de outubro de 2009

Relações amicais

É uma imensa pena que o machismo impeça que homens gays e héteros sejam amigos. Mesmo quando algum rapaz hétero tenha sido abençoado com uma criação livre de ódios e preconcepções contra o viadismo, é muito raro que exista a cabeça aberta para aprofundar essa relação.

As pessoas são levadas a acreditar que os gays e os héteros vivem em mundos tão diferentes que são incompatíveis. Pouco verdadeiro. Ainda que em sociedades altamente fragmentadas por noções machistas haja a criação de submundos muito diferentes, com boa vontade tudo dá.

Tenho alguns amigos héteros (apesar de serem menos do que eu gostaria) e adoro todos eles. A convivência é ótima e surpreendentemente fácil. Fazer os mesmos programas também - que, por Jesus, não equivalem a assistir futebol juntos ou levá-los para a boate bater cabelão. É óbvio que existem assuntos e campos de diversão que não se restringem a quem pega quem.


Let's hang out together


Vamos ser amigos?

3 de outubro de 2009

Nem fudendo

Levante a mão quem não está nem fudendo para as Olímpiadas no Rio!

Eu, na verdade, estou até me importando, porque sou quadrada e redondamente contra um investimento de 24 bilhões de reais numa coisa que nós simplesmente não precisamos. Que tal colocar essa soma dinhêirica na educação e saúde, ao invés de torrá-la em viadutos horrorosos e inúteis?
Como mal-direcionar 24 bilhões de dinheiros

Confesso que até me emocionei um pouco ao ver Lulo com os olhos cheios de água, mas devo admitir que recentemente também fiquei com os olhos molhadinhos vendo Ugly Betty!

Já que a escolha foi feita, que Jesus e Ogum nos ajudem a manter essa quantia longe do buraco negro da corrupção. Isso porque o Rio já é mundialmente conhecido como uma cidade de gente honesta, não é mesmo?

2 de outubro de 2009

Mutatis mutandi

Peço mil perdões àqueles que cá vêm e não mais me veem.

Minha absurda e contínua tendência à procrastinação não me deixou resolver meu problema internético caseiro até hoje. Mas tudo há de ser resolvido em breve; espero.

O tempo de mudanças urge. Mudanças relacionais, alterações de estilo de vida e progressões no trabalho se me impõe nesses dias.

Serenity now.

18 de setembro de 2009

Shaná Tová!

Novidade, novidade, novidade e renovação - eis o que preciso.

Hoje comemora-se o Rosh Hashaná, o ano novo do calendário judaico. Muitos doces e delícias aprazem as papilas daqueles que festejam a data.

Como desejo cousas gostosas e adocicadas para meu futuro iminente, eis que me jogarei em Adonai e rezarei a valer!

!שנה טובה

16 de setembro de 2009

Arte no quarto

Talvez num movimento antivoce-estaficandoigualassuamãe, eu sempre fui bastante avesso ao acúmulo de coisas (excluem-se lintas peças de vestuário, evidentemente), principalmente de móveis e enfeites.

Meu quarto, que ainda está em construção e assim deve permanecer até que eu encontre um a um cada objeto que me apraza, um dia há de parecer bastante com este aqui:


Atenção para o linta artezinha que decora o ambiente.

Luxo é... ter arte no quarto.

15 de setembro de 2009

Por ricos não medíocres

No convívio com os ricos e ultrarricos, sempre me choca a falta de interesse intelectual e mediocridade cultural da classe megadominante aqui do nosso querido Pindorama.

Com raríssimas exceções (Adriana Varejão, Walter Salles), poucos são os produtores culturais das classes abastadas que realmente fazem algo para enriquecer nossa produção de cultura, ou pelo menos aumentar o acesso a ela.

Eis que me deparo que um artigo muito elucidador de Antônio Cattani e Franciso Kieling, que dizem que as classes dominantes têm um "padrão cultural (...) voltado mais para consumo supérfluo do que para investimentos nas formações artística e cultural universal".

Eike, dá cultura pr'a gente!

Assaz perspicaz a análise dos dois, além de bastante explicativa. Tendo estudado em escolas particulares elitosas, sempre questionei a ausência de qualquer estímulo sério à nossa criatividade.

Agora vejo porque há tanta apatia cultural e consumo burro e pouco cerebral por parte dos ricos.

Mas há salvação. Como disse a fofoluxa M.I.A.:


Trend-setters make things better


11 de setembro de 2009

Caipimetafísica azeda

Na posição de Brazil's Next Top Pessoa Crítica, não posso deixar de manifestar meu desgosto e semirrepulsa por uma novela tão besta como a hare-babaca Cuminho das Lindjas. Como diria Katylene: leeesho!!

Além de ter que aguentar dramaturgia produzida por Glória Peres, ainda fui obrigado a ouvir comentários a respeito disso hoje à noite num evento para o qual fui convidado. Daí me pergunto: para quê chamar alguém para um evento social se as pessoas não vão socializar, mas sim ver uma novela horrível como há muito não se assistia?

Essa leve afronta causou um pesado desgosto em mim, que se traduziu por sua vez numa urgência de fuga iminente (graças a Adonai pelo disque-táxi). Por quê mesmo que resolvi sair de casa? Ah sim, para ser simpático.

Vou ali espremer meu limão-existencial e ver se consigo pelo menos aproveitar o pileque.

10 de setembro de 2009

Popularizando Shakespeare com Madonna

Em homenagem aos quase 4 anos de lançamento do single de Hung Up e num clamor pela volta dos melhores dias ou a aposentadoria de Madonna, eis que ponho aqui minha famigerada tradução de tal cançã:

O tempo passa... de-vagar
O tempo passa... de-vagar

Chorus:
Cada cousinha que você diz ou faz
Eu gamei... Eu gamei ni ocê
Vê se liga logo, eu já cansei
Eu cansei
Eu desliguei n'ocê

O tempo passa lento pr'aqueles que espera
Não dá pra hesitar
Aqueles que vão
São os que mais acha bão
Eu 'garrei
Eu cansei de esperar

O tempo passa... de-vagar
O tempo passa... de-vagar

Chorus repeat

Trim, trim, trim
Toca o telefone
A luz tá acesa, mas ali não tem hômi
Tic-tic-tac
Já são 15 pr'as 2h
E já deu! Cansei de esperar

Eu num guento
Esperar por você
Eu sei que ocê tá hesitando
Num chora por mim
Porque eu já me arranjei
Se você não é gay...
Até mais meu bem.

Chorus repeat

É sempre um prazer tornar a língua de Shakespeare acessível em Pindorama!

9 de setembro de 2009

Futurístico

Um projeto para o futuro:


Ando numa linha "uma imagem vale mais que mil palavras".

Que elas falem por mim.

8 de setembro de 2009

Uma saga de humores

Depois de um fim de semana que se fosse um filme, teria o título de "Ioiô emocional - uma saga de humores", eis que me deleito com boas novas e lindas imagens.

Para mim, se o sucesso pelo esforço tivesse uma tranfiguração imagética, seria esta aqui:

Um mar de cores (Andrew Bannecker)

Que delícia foi meu domingo, com amigos e música boa!

Amygos, cada um de vocês é uma cor neste tsunami de alegria inspiradora. S2

4 de setembro de 2009

Trilha pro finde

Já começar a sexta cansado é o fim.

Ter que ir para o trabalho às 18h30 é ainda pior. Afffffffffffffffffffffffffff.

Para me dar forças, tenho lançado mão da música superamigo dos fofos suecos Little Dragon:


Para mim, é assim que o fim de semana deveria começar. Essa música, num lounge, com drinks.

Estaria feito.

3 de setembro de 2009

Assumindo o saco

Eu tipo não aguento os erros estúpidos e falta de vocabulário específico travestidos de falsos anglicismos! GRRR!

Explico: tenho lido bastantes teses, projetos de mestrado e o escambal, e não paro de ver pessoas usando o seguinte verbo:

"A teoria tal assume que o fenômeno tals é mais estranho." (SIL, Imbê)

Quem assume algo, assume que é gay, besta, chato, pão-duro. No resto, a gente pressupõe.

E eu pressuponho aqui que essas pessoas querem mostrar que leem muito em inglês, por isso assumem tanto.

Um saco, ?

2 de setembro de 2009

Os porquês dos ekês dos gays brous

As pessoas sempre me perguntam por que existe uma certa distância, ou até mesmo rixa, entre os homensexuais modernos e as bichas-bróder. Ao entrar em contato com o pró-vomitivo mundo dos papos de academia, eis que sou capaz de esboçar algumas razões. Vamos lá?

1. Machismo e auto-homofobia (como?)

As gays que se acham machas não gostam de conversar com os vinhados não brous porque acham que eles "queimam o filme". Mal sabem os pouco-espertinhos que eles estão justamente propagando o mal que lhes faz sofrer.

2. A preocupação da não-pinta

As bichas-bróder se vigiam e policiam a cada hora, minuto e nanossegundo para não fazerem NADA que entreguem que eles curtem um pênis - uma eterna luta já perdida. Para tal, eles lançam mão de gírias medonhas, poses ridículas e cumprimentos espalhafatosos e esfuziantes.

3. Mentiras sem fim

Os gays que querem se passar por machões geralmente se cercam de uma nuvem de segredos, desculpas, coisas e mocadas e o caramba para que ninguém desconfie que eles gostam de uma neca (palavra de origem africana).

4. Mau-gosto de raiz

Não que os gays em geral necessariamente tenham bom-gosto, mas as bichas-bróder inventam as combinações mais medonhas de moda-praia com brilhos e cores que fazem qualquer um querer ser daltônico, ou cego.

Relax, take it easy

Luxo é... ser gay e não estar nem aí.

29 de agosto de 2009

Mais uma dica pró-vida


Ainda no capítulo gulodices saudáveis e pró-vida, eis que indico mais um de meus restaurantes mais favoritos em todo o sistema solar:


Trata-se de um estabelecimento taiwano-sino-vegetariano que é, usando as palavras de uma certa imigrante, um sonho de viver e de comer.

Tá certo que os preços lá são um pouco mais salgaditos, mas as delícias asiáticas em versão pró-vida valem a pena. Estrela do palato: beringela kung pao


Tobey Maguire, gato e vegetariano.

24 de agosto de 2009

Leves, pró-vida

Hoje arrasei sendo dáieti e ainda comendo suuperbem e semibarato.

Fui ao fofoluxo e delicioso restaurante Marquês (Rua Marquês de Maricá, 65 - Sto. Antônio), que serve deliciosos pratos pró-vida com toques étnicos e internacionais.

A dica mais luxa é pedir o prato do dia, que é sempre uma gostosura e fica bem em conta (R$ 12).

Vale a pena.

Christian Bale, gato e vegetariano

21 de agosto de 2009

Marombando azedando

Tenho percebido que cresce à toda velocidade o ódio pelas conversas em academia. São milhares de frequentadores unindo as suas vozes contra o vácuo mental que se propaga em tais ambientes.

Meus colegas pesquisadores e eu levantamos algumas maneiras e/ou fórmulas para evitar a invasão de papos fracos na cabeça de pessoas sérias e cultas, que se preocupam com objetivos
mais nobres, tipo caber num modelão ou ficar mais gostoso na pixxta. Então, ei-la:

  1. ir à academia usando uma camiseta (customizada) com os dizeres: "sou mudo" ou "não falo sua língua" ou "não revezo nunca";
  2. praticar o azedume facial e fazer as caras de mais poucos-amigos e/ou metidas do universo;
  3. ir de i-pod (ou similares) e não tirá-lo nunca dos ouvidos, mesmo que a bateria acabe;
  4. cultivar o mau-hálito (medida extrema);
  5. virar pessoa-gracinha e se tornar o melhor amigo de todos (quem sabe uma noite de sexo selvagem não se esconde atrás de um corpo gostoso e oco?).


Ando numa onda suuuuper gente-boa.

8 de agosto de 2009

Eu S2 Katy

Há algo de novo em minha vida e que me traz tanta, mas taaaaaanta alegria que nem me contenho em mim mesmo quando essa cousa se faz presente no meu dia. Não, não estou falando de amores e nem de meus queridos roommates, mas de minha nova Brazil's Next Top Best Friend, a amyga:


Xxxuro que queria tê-la como meu alter-ego. Não existe perspicácia maior na terra brasilis, ou talvez haja, mas eu ainda não conheci. O luscho maior de Katylene é que ela tem o poder miraculoso da síntese ácida: em poucas palavras ela traduz aquilo que muitos (como eu) levariam toneladas de palavras para escrever. Sem contar que as cousas que ela inventa grudam na gente, tipo a maravilinda voadora de edy! A viciar-se.


PS: ontem foi uma das noites mais divertidas no ano, com amigos, Helena e música boa na Veludo.

3 de agosto de 2009

Poesia do dia a dia

Sei que não sou muito dado a recomendar e nem gostar tanto assim de músicas nacionais. Tampouco me aprazem as composições tupiniquins, que são, ao meu ver, ou simplistas demais ou megassuperhiperescritas e/ou pseudointelectualizadas.

Acho que nos faltam letristas inspirados de linguagem acessível, longe dos quebra-cabeças líricos que alguns de nossos melhores compositores produzem.

Nessa onda, eis que me lembro de uma letra e música que muito me agrada e toca. Sem mais delongas, aqui vai:

Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno
antimonotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...


Acho um luxo só. Por anos, essa música foi meu mantra secreto para o campo do coração. Experiências, vida e centenas de sessões de terapia depois, o resultado todo mundo já conhece.

Todo o amor que houver na vida, (Cazuza).

27 de julho de 2009

No meu jardim

Como é triste perceber que nem sempre ser o propagador da verdade é algo positivo. Faço aqui uma pequena mea culpa, já que usei meus poderes explicitadores de maneira exagerada. Devo agora recolher-me na Toca dos Gatos do silêncio e guardar um pouco do elixir da revelação para mais loguinho.

E, como para todo drama existencial existe uma trilha sonora, dá-lhe Antony & the Johnsons, meus favoritos do momento com seu novo e lindãossimo disco The Crying Light. Eis a primeira faixa do disco, num clipe não oficial:



Notem como beleza e tristeza também rimam bem.

Eu coração Antony Hegarty.

26 de julho de 2009

Feriando

Dilemas éticos à parte, ainda estou aqui, aproveitando cada momento das deliciosas férias das quais desfruto neste mês.

As gostosuras da amizade alegraram meus últimos dias, mas agora o que se me impõe é o cansaço do excesso, mas sem grandes dramas.

Esta última semana de atoísmo pago e merecido há de ser muito bem aproveitada.

E viva o verão em pleno inverno!

17 de julho de 2009

Campanha

Estou prestes a lançar uma campanha informativa/dramática com o seguinte título:

Não crucifixem os críticos!

Nós, as pessoas que têm um senso crítico aguçadíssimo e um padrão de qualidade ainda mais elevado, sofremos de eterna incompreensão. O maior erro de julgamento que nos é perpetrado é sermos considerados azedos ("você sempre acha tudo ruim"), negativos ("você sempre vê defeito em tudo") ou maldosos ("credo! ele-ela é tão legal/gente-boa/simpático"). G-zus.

Realista que sou, bem sei que a maioria das pessoas continuará pensando assim, uma vez que elas simplesmente não têm os mesmos padrões que nós. Para mim, esse tipo de gente está a um passo da burrice, digo, mediocridade. É só dar um escorrego e... Ui, que linda é a vida!

Recentemente tive uma epifania. Ao trabalhar com os talentosíssimos, megapontuais e supercompetentes rapazes do Superfície.org, pude ver que a nossa luta tem um propósito. É um alívio tão grande poder saber que você pode deixar tudo na mão da outra pessoa e ter a certeza que ficará ótimo.

Miranda Pristley está de olho.