29 de agosto de 2010

Erosão



Se construir qualquer coisa fosse tarefa fácil, qualquer estrutura ficaria de pé.

O problema é que: deslizes acontecem.

Soterra-se?



26 de agosto de 2010

Joãozinho

Para quem sempre gostou da voz de Jón Birgisson*, do Sigur Rós, mas nunca tolerou o mistério da banda, ou simplesmente queria vê-lo brilhar mais, ou sempre quis entender o que ele falava, eis que ele lança seu projeto solo: Jónsi.


Cantado predominantemente em inglês, esse trabalho é bem diferente da banda de origem, mais animado, mais barulhento, mais multiinstrumental.

Vale a pena visitar o site.

Muito me aprazem pessoas com múltiplas ideias.

*Site do projeto que Jónsi tem com seu namorado gay, Alex.

24 de agosto de 2010

caminho

Mais chato que se repetir é quando algo se repete porque não se consegue ver o padrão da repetição.

Antipsicanaliticamente falando, quando nos deixamos invadir por sentimentos de origem antiga e desagradável, seria de bom tom que soubéssemos ignorá-los, não?

Se viver e aprender andam tão juntos, porque a experiência não nos ensina a nos corrigirmos? Quisera eu saber responder.

Vendo por um olhar mais positivo, eis que me deparo com este filminho com uma música da Björk que achei bastante ilustrativo da importância da não-repetição:


Cada passo de uma vez, não é?

23 de agosto de 2010

Licença poética

CRIMINAL


What I need is a good defense
'Cause I'm feelin' like a criminal
And I need to be redeemed
To the one I've sinned against
Because he's all I ever knew of love

Heaven help me for the way I am
Save me from these evil deeds
Before I get them done
I know tomorrow brings the consequence
At hand
But I keep livin' this day like
The next will never come

Oh help me but don't tell me
To deny it
I've got to cleanse myself
Of all these lies till I'm good
Enough for him
I've got a lot to lose and I'm
Bettin' high
So I'm beggin' you before it ends
Just tell me where to begin

Let me know the way
Before there's hell to pay
Give me room to lay the law and let me go
I've got to make a play
To make my lover stay
So what would an angel say
The devil wants to know


17 de agosto de 2010

Forcinha

Que tal música para dar aquela força e animação que durem o resto da semana?


Digam o que disserem, mas essa onda launginha ainda me apraz sobremaneira. Os suecos do Air France levam a diversão musical tão a sério que produzem umas músicas (e remixes) tão relaxantemente delícia que dá vontade de viver nos seus clipes.

E dão ânimo para enfrentar possíveis tédios semanais.

14 de agosto de 2010

Intra-extra

Não sei se existe algo mais impressionamente delicioso que coincidências fortuitas.

Ao procurar imagens que refletissem um ideal de estilo para o presente momento, deparei-me com o trabalho de uma dupla de artistas que me marcou muito, mas cujo nome tinha ficado apagado em minha memória: Ari Versluis e Ellie Uyttenbroek:


Em seu projeto chamado Exactitudes, esses dois fotógrafos holandeses trabalham a estética de grupos, reunindo retratos de várias pessoas que pertencem a grupos (ou 'tribos' - termo que eu odeio) lado a lado. Sem muito alarde, o trabalho da dupla suscita reflexões a respeito da dicotomia semiinvisível da individualidade/pertença de grupos não majoritários de grandes cidades.

Alguém mais se lembrou de Lavoisier?

12 de agosto de 2010

Vontade seja feita

É um alívio quando podemos depositar a culpa de nossos erros em outrem, não é mesmo? Quando esse responsável se encontra tão longe que praticamente inexiste, então, é uma beleza.

A grande maravilha de crer em horóscopos e vontades divinas jaz justamente nesse interseção

entre as consequências e seus resultados desagradáveis. Se foram os astros ou Deus quem
mandou, que culpa temos?

O trunfo do horóscopo é que ele geralmente contém apenas indicações leves, positivas e gerais o bastante que quase não nos guiam. Com a sede por indenizações e ganância jurídica que existem por aí, os astrólogos não agem sem o devido respaldo advocatício das estrelas.

É tão fácil se eximir de responsabilidade que não custa nada para alguém culpar uma previsão por um crime.

Deus quis assim.


Imagem via Quarto de ideias

11 de agosto de 2010

Progredindo

Há bem pouco tempo levei uma "sentada" (aka pra-trás ou patada ou chamada de atenção) que me deixou tão horroroso quanto me serviu para acordar.

Caso o orgulho tivesse tomado conta de mim, não teria aproveitado a 'dica'. Entretanto, soube enxergar as minhas falhas e usei o episódio para me dar a força (também conhecida como 'vergonha na cara') para andar adiante.

Já em outras áreas, minha cabeça dura ainda não aprendeu. Quantas vezes vou ter que batê-la de frente para aprender a segurar os pensamentos? Espero que menos de 10 mil.

Hmmm... Evasão?


S'embora pra China numa das esculturas-balão de Jason Hackenwerth?


9 de agosto de 2010

Dica pra Segunda

Querem uma forcinha para começar a segunda em clima de alto-astral?

Recomendo o eletropop deliciosamente refinado de Sky Ferreira, minha nova ídala musical:


De modelo a cantora, Sky cria as maiores gostosuras musicais para deixar o dia leve e dar vontade de dançar.

5 de agosto de 2010

Telephone

Quando uma pessoa te liga, geralmente é porque ela quer dizer algo. Às vezes, e é com muita alegria que se recebe esse tipo de ligação, alguém querido liga para saber como vão as coisas, se saiu algum resultado que esperávamos ou simplesmente para saber como o dia foi. Uma delícia tais contatos, especialmente quando se vê que a pessoa realmente está interessada naquilo que dizemos.

Outras vezes, ligamos para alguém para trocar ideias, mas essas são muito difíceis porque se um dos dois não sabe muito bem ouvir ou não está aberto para opiniões alheias, um mal-estar se cria. É tão chato quando ligamos para alguém e essa pessoa não nos permite sequer abrir a boca, tamanha a logorreia. Muitas vezes acabamos desistindo de falar, derrotados pela profusão do papo. Claro, há aqueles amigos, sempre muito especiais, que veem o mundo de uma forma tão interessante e rica que o menor caso se torna uma narrativa muitissíssimo intrigante. Raros, esses.

Mas, na maioria das vezes, queremos mesmo é contar alguma coisa, partilhar alguma impressão. Nesses casos, é de muito bom tom, mesmo para aqueles que gostam de falar, perguntar (e querer ouvir) como a outra pessoa vai, o que tem feito ou, glória maior das amizades, inquirir sobre alguma coisa que sabemos ser importante para o outro.