12 de outubro de 2008

A partilha

Minha amiga Carol, que aqui mora há quase dois anos, recentemente mudou de casa e foi para um apartamento maior que ela divide com mais três pessoas. Como no ano passado sei que ela morava sozinha, no seu próprio studio, indaguei-a a respeito de possíveis conflitos e encheções saquísticas. Se a sua resposta me tivesse sido dada há uns 3 meses atrás, acho que não entenderia, mas hoje sei bem o que ela quis dizer.

Uma das cousas que sempre quis em minha vida adultinha (ou seja, desde os 18 anos) foi ter a chance de morar sozinho, mas morar sozinho mesmo. Eis que tal oportunidade se me apresenta parcialmente, pois aqui divido o apê com uma pessoa.

Na maior parte do tempo, K. está presente, mas com uma certa freqüência fico só eu aqui. Para a minha grande surpresa, não achei tão bom ficar completamente alone gay. Fico meio enlouquecendo, mexendo muito no computador, ouvindo música, comendo e fazendo bagunça - tudo ao mesmo tempo. Daí, também para o grande espanto de minhas idéias separatistas, frago-me aliviado quando ela chega e batemos um papo um fazemos um programa bucólico.

Foi nesse espírito que pude enfim concordar e entender as idéias de Carol, femme indépendente e libérée (adoro expressões em francês, acho uma cousa meio Danuza). O ser humano é realmente um ser social, mas nunca pensei que eu também seria um.

Quem diria?

2 comentários:

Anônimo disse...

who would have known... =)

Anônimo disse...

eu diria ;-)