25 de setembro de 2008

Petites burrices

Há uns dias que as pessoas dizem que tudo dá errado. No meu caso, optimista convicto, prefiro ver diferente. Ontem, por exemplo, foi um desses dias. Várias, mas várias coisas deram errado para mim, mas prefiri analisá-las como uma coleção de pequenas burrices (notem a poesia da frase).

Primeiro, acordei supercedo para adiantar as coisas, mas acabei ficando em casa mexendo no computador - sono perdido à toa.

Segundo, fui na PQP atrás de um mercado de pulgas sem saber o endereço certo e mto menos levar um mapa - fiquei perdido por horas, andando a esmo para só depois de muito tempo descobrir que o tal mercado só funciona nos finais de semana.

Três, passo em casa para fazer um lanche e tomar um banho rápido. Ok, isso deu certo. Na hora de sair de novo, me lembro de pegar o mapa, dinheiro, cartão do metrô, protetor labial, bloco de notas e etc. Ao chegar a esquina, percebo que não estou com a chave. Detalhe: meu apê é daqueles que trancam sozinhos - me tranquei pra fora de casa.

Quarto, numa medida desperadinha, vou até o parquinho onde K. faz seu trabalho de babá na esperança de pegar a chave com ela - mas ela não está lá.

Decidi então ficar rodando pela cidade até a hora que ela viesse do trabalho (tipo dali a 5 horas) e ficar de plantão na porta do prédio esperando ela chegar.

Para aumentar a tensão dessa história, fiquei de sair com um amigo meu que não vejo há tempos e que mora aqui, mas ele me passaria o endereço por email (meu computador estava em cima da mesa, dentro de casa). Uma irmã de intercâmbio também está na cidade, e eu, mais uma vez, esperava o contado por email para ontem. Onde estava o computador? Já sabemos.

Claro, podem me dizer, por que não ligar para eles? Bem, porque o esperto aqui não tinha o telefone de nenhum deles, nem o da casa. Também, ainda mais espertamente, não tenho cel, nem cartão e os telefones públicos daqui não aceitam moedas e não faço idéia onde comprar o tal cartão (o mais comum é usar o cartão de débito, para quem ainda usa o telefone público).

Mas há um pequeno final feliz. A vizinha chegou bem junto comigo e eu sabia que ela tem uma cópia da chave. Ela me salvou. A grande sorte foi que eu a tinha conhecido justo no dia anterior! Se não fosse isso, ela provalvemente passaria direto e eu continuaria preso ad infinitum.

Lições aprendidas: sempre andar com todos os números de tel à mão; não ser preguiçoso e arrumar um cel; prestar mais atenção com essa história da chave e nunca deixar de fazer contatos sociais. Eu quase não fui ao jantar na casa da vizinha para tentar comprar um ingresso pro xou da Lykke Li na mão de cambistas, na porta do lugar.

No final das contas, isso foi tudo por causa da minha preguiça e jecansa de não ir à loja descolar um celular. Diga não à preguiça, não à inércia!!

E me contem como foi.

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahahahaha! bom que teve final feliz, hein bem? talvez seja impróprio, mas achei tudo tão divertido! hahahaha...

beijos, napoléon queridón!