22 de setembro de 2008

Madonna, bem de perto

Madonna, em foto tirada por mim (Stade de France, Paris - 21/09/2008)


Houve uma época que eu vivia a vida e o que eu esperava dela através da Madonna. Foi naqueles tempos muito, muito chatos da adolescência, quando se percebe que é diferente de todos e que ninguém (aparentemente) gosta ou se interessa pelas mesmas coisas que você.

Naqueles dias, meses e anos, muitas vezes, a única coisa que me trazia alegria e alívio era ver as estripulias, clipes, livros, poses e idéias de Madonna. Era um fã incondicional e fanático mesmo, digamos assim. Depois que finalmente arrumei a minha vida, com amigos, namorês e pessoas com quem me identificasse, deixei um pouco o incondicional e fanático, mas continuei fã dela.

Ontem, no show da turnê Sticky and Sweet, voltei um pouco àquela época da Madonna por mim e todos por ela. Queria vê-la de perto, suas expressões, sua pele (até pra poder ver se esté mesmo tão plastificada) e seus movimentos. Para minha surpresa e minha nostalgia aguda, não fiquei nem um pouco decepcionado. Apesar da pouco-legalzice das performances ao violão, Madonna ainda é tudo aquilo que eu sempre gostei: ousada, irreverente, divertida, destemida. Sua campanha pró-Obama choca de tão aberta e sem véus.

Ela explode em energia em diversos momentos, sempre levando os fãs aonde quer, ou seja, à diversão. Por várias e várias vezes a vimos dizendo que queria que os espectadores se divertissem, que participassem. Quem éramos nós para desobedecer? O xou é um espetáculo, com perdão do trocadilho.

Momento favorito: a canção "She's Not Me", apesar de não acompanhada por figurino ou coreografia especiais, foi uma das melhores, senão a melhor, na opinião deste colunista. Por quê? Para mim, essa é uma das músicas mais pessoais do disco Hard Candy. Apesar de ela se esconder atrás dos óculos escuros (que eu quase peguei quando ela os atirou), dava para perceber o quanto dela tinha naquela canção. E os fãs querem é isso: mais Madonna, mais Rainha do Pop. Tanto faz se é a estrela ou se é a pessoal real. E vulnerável.

Nenhum comentário: