O dia-a-dia vivido com muita observação é um dos melhores tipos de autoterapia que existe na humanidade.
Mesmo me considerando uma pessoa assaz aberta a diferenças sociais, culturais, étnicas e religiosas, eis que descubro em mim intolerâncias incômodas.
Na escala da vida civilizada há, do menos ao mais cível: o preconceito, a intolerância, a indiferença, a tolerância e a aceitação. Uma vida minimamente possível em sociedade acontece a partir da indiferença, pois ela não gera nenhum ato agressivo e/ou persecutório no indivíduo.
Há, entretanto, uma grande diferença entre os dois pontos mais positivos da escala: existem os que toleram e ainda aqueles que aceitam.
Tolerar é admitir a existência de algo ou alguém, mas excluindo ou desejando excluir o fato/sujeito da sua vida diária. É algo extremamente complicado, porque a vontade de catapultar a pessoa do convívio pode ser muito forte.
Aceitar as opiniões e modos de vida alheios ao nosso ser é um exercício constante de tentar passar por cima daquilo que nos desagrada em prol de uma convivência mais positiva em sociedade.
Admito que ainda não cheguei lá, mas estou tentando. E bastante.
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