Nele, um menino em plena crise da infância (pois é, existe uma) resolve fugir de casa e acaba parando numa ilha onde vivem seres monstríacos que agem majoritariamente como se foram crianças. O ator-mirim principal é duma delicadesa (BETHANIA, Maria. 2008) e a construção artesanal dos monstros me aprouve infinitamente mais do que o digitalismo de Avatar, que por sinal não vi e não gostei.
Muito se diz por aí das maravilhas e alegrias da infância, mas o que as pessoas geralmente ignoram é que ser criança pode ser extremamente sufocante para muita gente.
Alguns guris se refugiam em mundos maravilhosos de ilusões e fantasias, outros procuram abrigo na criatividade e desenham, escrevem e etc. E há aqueles que nada podem fazer, apenas esperar que tudo passe.
Eu me refugiava no mundo dos adultos, ficando perto e captando ideias, ideais, nuances e olhares, guardando tudo para mim.
Às vezes penso que foram todas essas conversas que alimentaram minhas palavras hoje.
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