24 de abril de 2009

Pisciano

Eu nunca fui dado à nostalgia.

Se o presente raramente parece tão interessante no momento, por que lembramos dele com tanta saudade depois?

Antes que me acusem de sem-poesia, bem o admito: a lembrança do futuro sempre me pareceu mais instigante do que a lembrança do passado.


Futuramente

É só esperar para ver.

19 de abril de 2009

O retorno da Fênix pH 1

Quem achou que meu apreço e bons olhos para com Belo Horizonte e meu querido Brasil baranil tinham neutralizado minha crítica potencial hidrogeniônico de número 1, leiam de novo.

Estou superchoquê com os motoristas belorizontinos. Antes de passar minha temporada em Paris, já vinha achando o trânsito um cocô velho (e confesso que me deixei muitas vezes me influenciar negativamente por ele, transformando-me inclusive num verdadeiro Senhor Volante), mas agora consegue ser PEOR! Diós!

Não só o número de carros continua absurdo, como também o nível de selvageria e falta de educação vem atingindo níveis troposféricos. Gente, isso aqui é o Rio agora?

Os sinais vermelhos parece que não existem mais; os motoristas cada vez mais agressivos e fazendo barbeiragens; os motoqueiros verdadeiros homens das cavernas enlouquecidos e emburrecidos... Jesus Pinto da Luz!

BHTrans, hello! Onde estão as multas obscenas e a patrulha ostensiva? Manda ver, muohohoho!

Eu, que geralmente sou pacífico, quando vejo ou sofro um abuso no trânsito, quase lanço mão de meus poderes X-men para destruir os carros e motoristas obliterando-os tal qual fez a Fênix.

Ops, esqueci. Em 2009, só pensamentos positivos.

Caso quiserem falar comigo, estou no meu jardim zen.

12 de abril de 2009

Combinação kasher

Muita gente não sabe, mas muito do symbolismo que está por trás de nossas celebrações pascais provém da Páscoa judaica, ou Pessach. Aproveitando o elo com o passado hebraico de nossas tradições, venho por meio deste tratar de mais um povo muito alegre e festivo: os gays!

Desde que era niño, sempre convivi com judeus. Eles estavam presentes em minhas salas, no meu trabalho, nas minhas paqueras e também em meus círculos de amizade. Convivendo com eles e ouvindo seus relatos sobre os medos e receios de todo israelita, logo percebi que há entre gays e judeus muito mais coisas em comum do que sonha a vã Cabala.

Eis então uma lista das similaridades entre ser homossexual e judeu, mas saibam que há mais.

Judeus e gays:
  • são e sempre serão uma minoria;

  • foram e ainda são perseguidos;

  • estão sempre preocupados em serem aceitos;

  • quase sempre não conseguem deixar pra trás o fato de serem gays e/ou judeus;

  • conversam muito sobre serem homo e/ou hebreus e gostam do assunto;

  • sempre sabem (ou dizem saber) quem pertence e quem não é da sua categoria;

  • geralmente têm um nível cultural mais alto do que o resto;

  • namoram quase que exclusivamente pessoas do seu grupo;

  • adoram festas e celebrações &

  • simplesmente são o que são.

Uma das coisas que mais me agrada nos dois grupos é que, por serem tão comumente alvo de preconceitos, ideias burras e ignorância, ambos estão sempre alerta para a ameaça da incompreensão e estupidez do(s) preconceito(s).

Já disse um judeu muito famoso: "ama os outros como a ti mesmo".

Feliz Páscoa! Feliz Pessach! Lembrem-se da silhueta!

7 de abril de 2009

N & N

Era uma vez pais muito zelosos. Na verdade, pais ainda não eram, pois os filhos ainda não haviam nascido daquela feita.

Descobriu-se que a esposa estava grávida. Avós em euforia. Segue a História; passa o tempo.

Nasceram os meninos, Nevisson e Nutrysson. Nomeou-se o primeiro em homenagem ao Ribeirão, o segundo, à barrinha de cereal.

E assim o mau-gosto propagou-se como se propagam os gens e a genética.

FIM

3 de abril de 2009

Desbabando ovos e œfs

Levemente crítico e ultramente ácido que sou, venho há algum tempo temendo que minha onda de amor ao Brasil e a BH passe. Como também sou internacionalmente conhecido por pensar demais e enlouquecer nas conjecturas, fiquei já imaginando que um tal desprezinho tomasse conta de meu ser. Mas não.

Continuo amando muito tudo isso.

Ontem fui a uma reunião amical com pessoas tão divertidas e num clima tão ameno e goxxtosinho que não pude deixar de perceber mais uma vez como a vida aqui nas terras tupiniquins pode ser agradável.

E, para completar o deleite, ouvi mais um relato de como os europeus podem ser chatos, inconvenientes e mal-humorados xenofobicamente. Eu amo uma crítica, mas detesto reclamação. Um verdadeiro paradoxo, não é mesmo?

E venho por meio deste lançar a campanha: É ok não amar Paris!

Gente de Deus, se for contar quantas vezes escuto: "e Paris, foi tuuuuuudo?" ou "lá é ma-ra-vi-lho-so, ?" ou ainda "você adorou cada segundo?"

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAirsh!!

Vamos babar menos o ovo, gente?