Uma leve falta de criatividade somada às delícias da inércia e ao espanto acerca das relações humanas me deixaram um pouco longe deste exercício escrivinhador, mas eis-me aqui novamente (já diria o Chapolim? Ou talvez alguém da Escolinha do Professor Raimundo?).
Olhe que eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas nos momentos mais down, não há cousa melhor e mais naturebística que bombar endorfinas no corpo através do exercício. Antes que me taxem de Paulo Cintura, devo dizer que sou a favor de exercícios pouco regulados e com bastante variedade e poucas regras, ao contrário da maioria dos que temos por aí. Eu, particularmente, nunca entendi como alguém pode ser divertir tendo os movimentos, passes, xingamentos e desenvoltura na passarela, digo, quadra, regulados e regidos por regras chatas. Ainda recordo-me dos inocentes jogos de basquete com os primos, que se tornavam sempre um teco mais chatos pelas "faltas", "fora de linha" e etc. Boring!
Os meus exercícios da vez são a boa e velha caminhada e o Pilates. A caminhada é boa porque faço na hora que quero, sem ter que me preocupar com carterinhas, roupas ou mensalidades e ainda fico pensando horrores. É luxo. O Pilates também é bão porque é sempre diferente, dá uma bombada legal na postura e na força e ainda ajuda na construção de uma pancita tanque. E o melhor é que eu sou o mais novo de TODAS as turmas que freqüento, e não é por pouco não. As aulas são dominadas por senhoras e donas, todas acima dos 40. É um convívio geriátrico com valor físico, minha gente!
E ontem minha amiga Carine* voltou de uma temporada luxo em Paris, fazendo mestrado. Fizemos uma festinha de boas-vindas fofolete para ela, mas devo admitir que fiquei decepcionado por ela não ter chegado de boina, blusa listrada, lencinho, baguete e os famigerados brincos Torre-Eiffel... Mas tenho certeza que ela ainda aprende o que é o bom gosto.
E viva o Brasil! E viva a pícara! E viva a búndara!
Beijo, me liga.
*Nome modificado para proteger a identidade da entrevistada.
23 de julho de 2008
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