Apesar de ter sempre existido, sua recorrência chegou a tamanho ponto que foi criado um termo para designá-la no português brasileiro contemporâneo.
Esse termo foi-me bem útil hoje, tanto semântica como sentimentalmente.
Flagrei minha faxineira, de quem muito gosto e por quem tenho apreço, escondendo um pedaço de chocolate quando eu cheguei perto. Obviamente, eu que tinha comprado a barra de onde o pedaço veio, mas isso não quer dizer, jamais, que só eu poderia disfrutar dele.
Fiquei com tanta vergonha da situação que nem consegui quebrar o clima e reforçar o valor gregário e comunitário que a comida tem para mim. Como jamais esperava que ela não se sentisse à vontade para comer, fiquei embasbacado e calei-me.
O pior é que, se ela agiu assim, é porque muita gente a proibiria de comer.
Fiquei sem lugar.
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