Pessoas com alto grau de autoexigência não sabem receber elogios. Ou eles os desacreditam, ou desacreditam nas próprias capacidades. Ser assim é uma triste luta, porque o maior carrasco está sempre à espreita: a própria mente.
Há, no entanto, uma luz no fim desse embrulho: o convívio com outras pessoas exigentes (cuja excelência seja tangível). Um elogio de alguém assim leva o autoexigente às nuvens, pois ele sabe que aquela consideração também foi muito bem pesada, calculada e filtrada pela rede finíssima da crítica do elemento lisonjeiro.
Ainda que não se divida com ninguém (os pudores autocríticos transformam-se em timidez num átimo), vale a pena cada palavra.
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