A verdade é que nunca li a peça ou vi o filme Quem tem medo de Virginia Woolf?, mas esse título, presente na minha infância, já que minha mãe tinha o livro, hoje faz muito mais sentido pra mim.
Virginia Woolf é o tipo de escritor que sempre mexe com as ideias e noções de quem a lê. Com uma destreza incrivelmente sutil, a autora levanta questões sobre o ser humano e suas escolhas difíceis de passar incólume.
Lendo seus contos numa belíssima edição da Cosac-Naify, não pude me furtar de fazer considerações sobre os rumos que as nossas escolhas nos conduzem na vida. É tão fácil sermos levados pela rotina, ou pior, por nossas escolhas inflexíveis, que o questionamento - vindo de nós mesmos ou de outrem, torna-se mister.
É mesmo um pouco assustador perceber que os caminhos que criamos se transformam por vezes em buracos que cavamos e de onde não conseguimos sair.
A não ser pela crítica.
E pela terapia, muita terapia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário