28 de dezembro de 2010

Virginia

A verdade é que nunca li a peça ou vi o filme Quem tem medo de Virginia Woolf?, mas esse título, presente na minha infância, já que minha mãe tinha o livro, hoje faz muito mais sentido pra mim.

Virginia Woolf é o tipo de escritor que sempre mexe com as ideias e noções de quem a lê. Com uma destreza incrivelmente sutil, a autora levanta questões sobre o ser humano e suas escolhas difíceis de passar incólume.


Lendo seus contos numa belíssima edição da Cosac-Naify, não pude me furtar de fazer considerações sobre os rumos que as nossas escolhas nos conduzem na vida. É tão fácil sermos levados pela rotina, ou pior, por nossas escolhas inflexíveis, que o questionamento - vindo de nós mesmos ou de outrem, torna-se mister.

É mesmo um pouco assustador perceber que os caminhos que criamos se transformam por vezes em buracos que cavamos e de onde não conseguimos sair.

A não ser pela crítica.

E pela terapia, muita terapia.

14 de dezembro de 2010

Compania

Vários dias passados com a presença constante de outras pessoas me fizeram relembrar do tanto que eu gosto de ficar sozinho.

Não é uma questão de pouca aprazibilidade, chatice ou encheção de saco por parte dessas pessoas, mas sim uma necessidade de organização mental que só se dá quando não há mais ninguém perto.

Mas, como já disse Björk lá nos anos 90:


As much as I
Definitely enjoy solitude
I wouldn't mind
Perhaps
Spending
Little time with you


Aqueles poucos (e bons) para quem eu dedico esse trecho devem se encaixar nesse 'you'.


Sometimes, sometimes



It smittens me with hope.

13 de dezembro de 2010

Take me to your inner city

Múltiplas são as explicações para o silêncio aqui; por isso me abstenho de postar justificativas.

Menos dramaticamente falando, eis aqui uma banda que caiu muito no meu agrado:


Hermanos Inglesos têm sido a trilha sonora perfeita para as minhas pseudoférias.

Que vença o repouso.