15 de novembro de 2010

Teorias sobre a prática

Muitos são aqueles que dizem que o passado está contido no presente, pois sem aquele não existiria este.

O que pouco se diz é como o futuro também está no agora - e não estou falando de planejamento.

No Budismo, a plena presença no presente é uma condição sine qua non para se libertar das amarras da existência. Essa ideia muito me apraz. Contudo, como fazer para pensar adiante sendo que o presente é tão imperativo?

Acredito que plantando e cultivando as ações cujas consequências estão enraizadas no presente momento. Ao meu ver, planejar não é viver fantasiosamente em ideias sobre o futuro (apesar de esse exercício mental ser de uma inegável gostosura), mas sim tornar o devir possível a partir do hoje.

(Wolfgang Tillmans)

Filosófico?

Não, prático mesmo.

9 de novembro de 2010

4

Arrependimento é a mesma coisa que culpa?

Ou é movido por ela?

Qual origina qual?

Como?

8 de novembro de 2010

Autoconvencimento

Há alguns anos, uma amiga, questionada por outra pessoa sobre a minha recusa a um convite feito logo antes, respondeu:

"Ele é muito voluntarioso!"

Tal palavra nunca tinha me passado pela cabeça para descrever a mim mesmo, mas confesso que ela caiu como uma luva.

Eu faço apenas aquilo que quero, quando sinto vontade de fazer.

Obviamente, isso não é em si de todo positivo. Ser governado pelas próprias vontades pode levar a um egocentrismo pouco agradável.

Como então transformei isso em algo mais palatável?

Descobrindo novas vontades. Às vezes me convenço de que devo fazer aquela coisa, pelo bem da flexibilidade, e aí o desejo de me tornar mais flexível me faz fazer algo que não faria se não tivesse pensado nisso.

Fez sentido? Para mim, sim.

4 de novembro de 2010

Releitura

As maiores decepções da vida são causadas por nossas próprias expectativas desmesuradas e, à medida em que amadurecemos, começamos a crer que o mundo fica mais real, menos pautado em sonhos desejudos.

Nem sempre.

Dennis Oppenheim - COMPRESSION-FERN


A fraqueza de um momento pode gerar dúvidas profundas, as quais, muitas vezes, nos conduzem a respostas fáceis - aquelas mesmas que já conhecíamos e que com frequência não se mostram as mais adequadas para novas questões que se impõem.

Profundo?

Não, bem real mesmo.